Na teoria, os meias de um time são responsáveis pela criação de jogadas ofensivas cujo objetivo é marcar o gol. Boa parte também costuma decidir, seja na individualidade de um lance, num chute de longe, numa cobrança de bola parada. Tradicionalmente são os jogadores mais habilidosos da equipe, os que chamam os holofotes pra si. O blog Futeball dá sequência à listagem dos melhores por posição do Brasileirão:
– Ronaldinho Gaúcho (Atlético Mineiro)
Craque é uma palavra muito simples para definir o que Ronaldinho representou – e ainda representa – para o futebol. Um cara que foi considerado um mágico com a bola nos pés não pode nunca ser desprezado. Decerto foi uma decepção por causa da descida que ocorreu em sua carreira, mas o que ele fez até 2005 ficou marcado eternamente. Apesar da queda vertiginosa, parece que o camisa 10 tem retificado seu caminho, apesar de não ser mais nenhum menino e não conseguir mais demonstrar o velho futebol que o consagrou. Após um conturbado retorno ao Brasil atuando pelo Flamengo, tendo sido muito contestado no rubro-negro, chegou ao Atlético Mineiro sob suspeitas e dedos apontados pra si vindos de todo o país. Ninguém achava que daria certo, que Alexandre Kalil, presidente do Galo, havia ficado louco, mas Ronaldo tratou de mostrar que não desaprendera a jogar. Conquistou novamente a Bola de Prata da Placar e uma vaga no prêmio Craque do Brasileirão da Globo/CBF.
– Lucas (São Paulo)
Velocista, habilidoso, driblador, agudo e jovem. Fôlego de sobra tem o menino Lucas, craque do São Paulo neste ano e criado na própria base do Tricolor, onde se tornou profissional em 2010 e vem se destacando desde então. Abriu os olhos de grandes clubes europeus e acabou sendo vendido ao Paris Saint-Germain, da França, por quase 110 milhões de reais. No Brasileiro, ora formando dupla com Jadson no meio, ora com Luis Fabiano no ataque, graças à sua versatilidade, destruiu defesas adversárias e o terminou muito valorizado, também faturando a Bola de Prata e o prêmio Craque do Brasileirão.
– Zé Roberto (Grêmio)
Como se fosse um vinho, Zé parece que fica ainda melhor quanto mais o tempo passa. Expirando habilidade pelos poros aos 38 anos, voa em campo como se tivesse 20. Maestro do meio de campo do Grêmio, chegou para formar dupla com Elano, bem mais jovem, e tem atuado com muito mais regularidade que o também ex-santista. Sua identificação com o clube e a torcida gaúcha foi tão grande e imediata que as partes já negociaram a renovação de contrato do jogador e ele permanece em 2013 em Porto Alegre. Suas atuações em 2012 lhe renderam a Bola de Prata, a segunda da carreira, já que também a conquistara em 1996, quando ainda era um promissor lateral-esquerdo na Portuguesa vice-campeã brasileira.
– Bernard (Atlético Mineiro)
Revelação e destaque do Galo, o garoto Bernard encantou muita gente com habilidade e velocidade. É também autor da jogada de um dos gols mais bonitos do campeonato, este, contra o Grêmio. O trio formado com Ronaldinho e Jô mostrou-se mortífero por quase toda a Série A, apesar da perda de fôlego do time perto do fim, que lhe custou o título. Com apenas 20 anos, já faturou sua primeira Bola de Prata e tem jeito de que não vai ficar apenas por aí.
– Deco (Fluminense)
Meio-campista clássico, não-veloz, de bom passe e bom na bola parada, Deco demorou a se adaptar ao Fluminense, até por conta de algumas lesões, mas se encaixou com excelência na meia-cancha tricolor. Seus lançamentos e cobranças de falta foram essenciais na campanha do tetra, apesar de ter feito apenas um gol no campeonato. Rumo aos 36 anos, deve ter ainda alguma lenha a queimar para o próximo ano, no qual o Flu disputa novamente a Libertadores.
– Juninho Pernambucano (Vasco da Gama)
Maestro, reúne as mesmas características de Deco, com o diferencial de que é ainda mais marcador e melhor na bola parada. Juninho voltou ao Vasco por amor ao clube, mesmo sabendo que ficaria abaixo do patamar financeiro ao qual estava acostumado fora do Brasil. Durante boa parte da Série A deste ano, seu time figurou entre as primeiras posições, inclusive brigando pelo título, mas perdeu muito fôlego e acabou pela rabeira, num decepcionante 5º lugar. Apesar disso, Juninho foi uma das salvações do time para o vexame não ser maior, com liderança, experiência e qualidade. No momento, negocia com a diretoria do Gigante da Colina para uma renovação de contrato.
– Seedorf (Botafogo)
Outro craque consagrado que aportou ao Brasil em busca de novos ares, Seedorf é um jogador diferenciado em muitos aspectos, não apenas no futebol. Casado com uma brasileira, fala fluentemente português e outras cinco línguas, sendo querido e bem-recebido onde quer que vá. Boa praça, conquistou o coração do botafoguense mesmo antes de estrear. Pouco demorou a engrenar no esquema alvinegro, logo se mostrando essencial ao time, tendo marcado 8 gols, após chegar com o torneio já em andamento. Esbanja vitalidade, esforço, categoria, fôlego e paixão pela camisa que veste, e deve, pelo menos por mais um ano, ser o líder do meio-campo do Fogão.