Power Ranking de meio de temporada

Sim, sinto informar que já foram jogados mais da metade da temporada regular da NFL em 2014. Com mais oito rodadas sobrando e um caminhão de equipes ainda na briga pelos playoffs, vou me arriscar a ranqueá-las da melhor a pior até o momento na competição. Deixo claro que não existe uma fórmula para esse ranking e muito do que será dito aqui é a minha visão dos acontecimentos e até dezembro muita coisa deve mudar. Sinta-se livre para discordar, mas sempre na boa.

Brady versus Manning, o duelo que decidiu o topo. Foto: Associated Press

1 – New England Patriots (7-2): Em setembro os patriotas foram massacrados no horário nobre pelo Chiefs e a corneta soou como nunca antes havia soado na era Bill Belichick. De repente Tom Brady estava velho, o time não tinha talento nenhum e a temporada estava perdida. Cinco semanas mudam muita coisa. Agora com cinco vitórias seguidas (maior sequência atual) Brady está jogando como MVP, Gronkowski é um pesadelo para defesas e tudo parece encaminhado para mais um título de divisão.

2 – Arizona Cardinals (7-1): Com um jogo a menos que NE, os Cards tem a melhor campanha da liga até o momento, e o melhor começo da equipe desde 1976. Bruce Arians é o grande favorito para ganhar técnico do ano e principal responsável pela campanha da equipe, que mesmo perdendo até 7 titulares da defesa em certo ponto da temporada não deixou o nível cair e tem uma ótima vantagem de dois jogos dentro da NFC Oeste. Com a terceira melhor defesa cedendo pontos e um ataque liderado pelo acima da média Carson Palmer que não tem medo de arriscar, Arizona pode ganhar de qualquer time.

3 – Denver Broncos (6-2): Sim, o Broncos foi massacrado em Foxborough pelo Patriots, mas não dá para descontar as outras 7 partidas baseado em uma só. A defesa de Denver foi dilacerada por Brady, mas tem talento o suficiente para dar a voltar por cima. O mesmo vale para o ataque que sofreu um pouco sem o jogo terrestre funcionando, mas ainda tem Peyton Manning, e ele sempre dá um jeito.

4 – Indianapolis Colts (6-3): Andrew Luck não é humano e se continuar nesse ritmo vai quebrar o recorde de jardas aéreas em uma temporada. A defesa se reabilitou muito bem depois do desmanche sofrido em Pittsburgh. Indy mostrou força para dominar um adversário desesperado fora de casa, e enquanto a equipe se mantar saudável vai continuar brigando nas cabeças.

5- Philadelphia Eagles (6-2): QUE COMECE A ERA SANCHEZ. Sinceramente não acho que a lesão de Foles deva afetar tanto a equipe, o QB não vinha jogando muito bem e a lenda viva Mark Sanchez deverá se encaixar bem no sistema de Chip Kelly. O ataque de Kelly é relativamente simples para o quarterback, não exige dele ter que ler muito a defesa adversária antes da jogada, o que é ótimo para Sanchez. O maior problema do Eagles até agora tem sido as lesões, mas mesmo assim eles arrumam um jeito de ganhar toda semana.

6 – Detroit Lions (6-2): Depois da vitória tosca em Londres, a semana de folga serviu para a volta de várias armas ofensivas lesionadas, em especial a do menino Calvin “Megatron” Johnson. Matt Stafford nunca esteve tão feliz. A volta de Johnson, Reggie Bush e outros, junto com o ótimo Golden Tate – que mostrou que pode jogar em alto nível – pode ser o que faltava para o ataque dos leões finalmente engatar e acompanhar o ritmo da melhor defesa da liga.

7 – Pittsburgh Steelers (6-3): Ben Roethlisberger teve a melhor sequência de duas partidas da história da NFL. Isso não é um exagero. 12 touchdowns em dois jogos é ridículo, Big Ben tem um grupo de recebedores jovens fantásticos, uma linha ofensiva que mesmo não sendo top 10 é a melhor da carreira e está correspondendo com a melhor temporada da vida. O ataque do Steelers é muito assustador. A defesa, não muito, mas Dick LeBeau finalmente descobriu a melhor forma de usar sua unidade, e com pressão constante nos adversários está conseguindo tirar leite de pedra.

8 – Green Bay Packers (5-3): Perder para o Saints fora de casa não é motivo para pânico. De bônus GB ainda teve uma semana de folga para se recuperar da lesão, em especial do incômodo da coxa sentido por Aaron Rodgers. No entanto, a melhor notícia de todas é que os cabeças de queijo fazem 4 das próximas 5 partidas dentro da tundra congelada conhecida como Lambeau Field. Sequência excelente – mesmo que com adversários cascudos – para um time no meio da briga pelos playoffs.

Só alegria em Miami. Foto: FoxSports.com

9 – Miami Dolphins (5-3): Ryan Tannehill está crescendo diante dos nossos olhos. Depois que Joe Philbin ameaçou deixar o QB depois de um começo ruim, o terceiro-anista está jogando em seu mais alto nível, são 10 touchdowns contra 4 interceptações nas últimas cinco partidas. Assim o Dolphins silenciosamente vai carregando o 9º melhor ataque e a 3ª melhor defesa da temporada, o que pode começar a explicar o massacre de 37×0 em cima do Chargers no último domingo. Uma pena que talvez seja tarde demais para alcançar New England.

10 – Kansas City Chiefs (5-3): Para o Chiefs, por outro lado, mais uma derrota do Chargers somada a derrota do Broncos e a própria sequência de três vitórias seguidas alavancaram a equipe de Andy Reid na temporada. Liderada por Justin Houston a defesa de KC está entre as melhores da liga, e com o ataque consistente liderado por Alex Smith a equipe do Missouri vem impressionando nas últimas rodadas. Resta ver como se saem contra os adversários de divisão.

11 -Dallas Cowboys (6-3): URGENTE: Tony Romo faz falta, em tópico relacionado, Brandon Weeden não é um bom quarterback. Duas derrotas fazem a equipe do Cowboys parecer pior do que é, mas a lesão de Tony realmente bota a equipe em uma situação muito complicada dentro da disputa ferrenha com o Eagles pelo topo da NFC Leste. Provavelmente Jason Garrett vai querer Romo em campo contra o Jaguars, em Londres, pessoalmente eu acho que o melhor seria descansar o QB e tentar ganhar com Weeden  – o que é provável, por que o Jags não é bom – e após a semana de folga voltar a disputa com um Romo 100%.

12 – Seattle Seahawks (5-3): Seattle vence, mas não convence. Vitórias apertadas contra os fracos Panthers e Raiders botam em cheque a força dos atuais campeões. Agora duas partidas atrás do Cardinals dentro de sua divisão, e com uma tabela complicadíssima por vir (KC; Philly; Cards duas vezes, 9ers duas vezes) Pete Carroll vai ter que tirar o melhor dos seus atletas para tentar o bicampeonato.

13 – Cincinnati Bengals  (5-2-1): Cincinnati sabe ganhar de Baltimore, essa é a única certeza que fica da temporada atual do Bengals. Se souberem ganhar do Steelers – com quem ainda fazem dois jogos – provavelmente levam a divisão, que por sinal, lideram. Não existe um líder de divisão mais contestado, ou inconsistente, do que o Bengals. A defesa tem que voltar para o nível de 2013 e Andy Dalton tem que limitar seus erros se Cincy quiser se manter no topo.

14 – Baltimore Ravens (5-4): Duas derrotas para rivais de divisão depois e o Ravens saiu de equipe mais cotada para destronar Cincinnati para a última posição da AFC Norte. Claro que é a divisão mais disputada da NFL no momento, mas essa sequência deixou os corvos em um buraco incrível. A boa notícia é que após enfrentar o Titans em casa, Baltimore tem sua semana de folga para tentar recuperar seus lesionados e tentar achar uma vaguinha na pós temporada.

15 – New Orleans Saints (4-4): Duas vitórias em cinco dias e o Saints já lidera a péssima NFC Sul. NO faz cinco de seus últimos oito confrontos dentro de casa, ainda não perderam na temporada, começando por uma sequência de três jogos como mandante contra os fortes 49ers, Bengals e Ravens. A defesa parece ter finalmente entrado nos trilhos e o ataque terrestre acordou. Dentro de uma divisão fraca, talvez o Saints precise apenas de mais quatro triunfos para chegar em janeiro.

16 – Buffalo Bills (5-3): Kyle Orton, o homem, a lenda, é possivelmente a melhor escolha que o Bills fez na temporada. Orton não é um QB de alto nível, longe disso, mas perto do que EJ Manuel estava jogando ele é bom o suficiente para mandar a bola nas mãos dos recebedores talentosos e deixar que eles façam o trabalho. Com o ataque eficiente e a defesa excepcional, Buffalo sai de sua folga para encarar sua fase decisiva da competição. Alcançar o Patriots é quase impossível, mas duelos contra Chiefs e Dolphins – ambos na briga por uma vaga como wildcard – vem em sequência e irão definir a temporada da equipe.

Hoyer tem que ser mais consistente para o Browns. Foto: Associated Press

17 – Cleveland Browns (5-3): Depois de espalhar a farofa contra o Jaguars, Cleveland fez o básico para vencer Raiders e Buccaneers, e não convenceu. Os comandados de Mike Pettine ainda estão bem posicionados para arrancar uma vaga nos playoffs pela primeira vez desde 2002, mas tem que melhorar dos dois lados da bola para sonharem mais alto. Alex Mack está fazendo muita falta.

18 – San Diego Chargers (5-4): Que implosão CLÁSSICA do Chargers da era Norv Turner. Ok, estamos na era Mike McCoy em San Diego, mas as lembranças ainda são muitas. Três derrotas seguidas e parece que as lesões finalmente alcançaram a equipe e desnortearam a temporada. Sem qualquer coisa que pareça um jogo terrestre e uma linha ofensiva muito porosa a temporada de MVP de Philip Rivers rapidamente está indo por água abaixo. O lado bom é que depois desmoronamento sofrido contra Miami vem a semana de folga para tentar botar a casa em ordem e recuperar alguns dos lesionados. Com quatros dos próximos cinco em casa, incluindo Oakland e St. Louis, não está tudo perdido para o Chargers, mas ficou muito mais difícil.

19 – San Francisco 49ers (4-4): 1ª para o gol, linha de 2 jardas, 42 segundos sobrando e 13×10 no placar para o oponente. Seu time tem Frank Gore, e não corre com ele nenhuma vez. Kaepernick, que foi sackado oito vezes e parece não evoluir, sofre um fumble inexplicável na linha do gol e o niners perde mais uma. Com dois jogos contra Seattle, numa NFC aonde talvez 10-6 não seja o suficiente para o wildcard a temporada de SF talvez já tenha acabado. Problemas no vestiário envolvendo o treinador Jim Harbaugh não ajudam a situação, nem o ataque extremamente inoperante que vem incapacitando uma defesa bem acima da média. Após três finais de conferência seguidas, uma tempestade está chegando bem rápido na Califórnia.

20 – Houston Texans (4-5): J.J. Watt, indiscutível o melhor jogador defensivo da temporada, merece um time melhor. Arian Foster, um dos melhores running backs da liga, merece um time melhor. O Texans arruma maneiras de ficar vivo em partidas, como a do Eagles, mesmo sofrendo com lesões na secundária e do próprio Foster, mas o ataque não corresponde. Ah se o Texans tivesse um quarterback melhor… Fitzpatrick é um ótimo reserva, e ponto, não dá pra continuar a desperdiçar todo o talento do restante da equipe.

21 – Carolina Panthers (3-5-1): Até quarta-feira passada esse time era líder de divisão. Isso sim é inexplicável. Cam Newton conseguiu jogar bem por algumas semanas com pouquíssima ajuda de seus recebedores, jogo corrido e linha ofensiva, mas parece que não dá mais para Cam carregar o ataque. A defesa tem problemas sérios na secundária e Luke Kuechly está muito inconsistente. Na teoria o Panthers ainda pode brigar pela divisão, mas na realidade começar a olhar para 2015 parece uma ideia mais sensata.

22 – New York Giants (3-5): Eis um resumo das últimas cinco temporadas do New York Football Giants: 09′ – 8-8 sem playoffs; ’10 – 10-6 sem playoffs; ’11 – 9-7 – CAMPEÃO; ’12 – 9-7 – sem playoffs; ’13 – 7-9 sem playoffs. O Giants de Tom Coughlin é assim, bem “ou vai ou racha” e em 2014 parece que, novamente, rachou. Arrancar um 9-7 é possível? Sim, o talento está presente na equipe, mas a execução não. São muitos erros mentais, Eli está jogando como um Jay Cutler com grife e isso não vai ser o suficiente.

23 – Chicago Bears (3-5): É com muita tristeza que eu oficialmente desisto de Jay Cutler. Eu assisti a era Cutler em Denver, fiquei impressionado com o talento do QB, chocado quando ele foi mandado para Chicago, e até sou um dos poucos que simpatiza com ele fora de campo, mas não dá mais. Não me entendam mal, a defesa do Bears é um DESASTRE, mas a produção ofensiva está muito aquém do esperado para quem tem Alshon Jeffery, Brandon Marshall, Martellus Bennett e Matt Forté. E isso, acima de tudo, é culpa da inconsistência impressionante de Cutler.

24 – Minnesota Vikings (4-5): Eu não faço a menor ideia de como esse time está 4-5 na temporada (a tabela ajudou). A linha ofensiva é fraca, a defesa é mediana no auge e é uma equipe que ainda não está pronta para competir em alto nível. No entanto, Teddy Bridgewater, Matt Asiata, Anthony Barr e Xavier Rhodes parecem um bom grupo para o futuro dos Vikings, com todos mostrando flashes de talento.

Asiata mostrando o caminho para o Vikings. Foto: DailyNorseman.com

25 – St. Louis Rams (3-5): Sabe aquele time que sempre mostra potencial mas nunca vai para canto nenhum? Este é o St. Louis Rams. A defesa foi brilhante contra o 49ers, o time de especialistas demoliu o Seahawks e o ataque foi competente em momentos com Austin Davis no comando. Mas o conjunto da obra nunca parece encaixar uma boa sequência. Jeff Fisher deve estar de saída após a temporada, e a tabela é complicada, mas o Rams é aquele time que vai engrossar alguns jogos e talvez até seja decisivo para tirar alguém da pós-temporada.

26 – Washington (3-6): RG3 voltou, jogou relativamente bem, e não se lesionou. Pelo menos isso tá indo bem em Washington. Contra o Vikings, a defesa que foi muito bem no primeiro tempo (e no jogo contra Dallas) sumiu na segunda etapa, enquanto o ataque teve seus momentos, DeSean Jackson com certeza curtiu a volta de Griffin, assim como Alfred Morris. Washington vai para a semana de folga sem muito pelo o que lutar na temporada.

27 – Atlanta Falcons (2-6): Eu entendo, Mike Smith ajudou a reconstruir o Falcons após a era Vick, mas em nome de tudo o que é mais sagrado que trabalho péssimo ele (e até certo ponto Thomas Dimitroff) vem fazendo desde o ano passado. Não faz muito tempo que o Falcons estava na final da NFC, agora o time está deixando uma vantagem de 21×0 escapar muito por causa das decisões péssimas de Smith que parece ser muito conservador ou muito ousado sempre  nos piores momentos. A temporada do Falcons acabou, e eu não sei por quanto tempo Smith dura no cargo. É conseguir a maior quantidade de reforços para as linhas ofensiva e defensiva possíveis para 2015, só assim esse time terá alguma chance.

28 – Tennessee Titans (2-6): Ravens, Steelers, Eagles e Texans. Essa é a sequência que o Titans vai pegar nas próximas rodadas. Sem muito pelo o que lutar resta apenas testar o elenco para ver quem fica para 2015. Zach Mettenberger tem o talento para ser um bom QB, é pra ficar de olho em como ele se sai nas próximas partidas.

29 – Jacksonville Jaguars (1-8): Acho o Jaguars mais time que o Titans, mas como TEN venceu o confronto direto fica na frente no ranking. Blake Bortles mostrou muito potencial, mas ainda comete MUITAS decisões erradas. Denard Robinson está se mostrando um running back muito bom, e os Jags tem um bom grupo de recebedores. A defesa, por incrível que pareça, é muito boa pressionando quarterbacks. Existe esperança em Jacksonville (se bem que no futuro pode ser Los Angeles).

30 – Oakland Raiders (0-8): Sim, Oakland na frente de Bucs e Jets. Depois que Tony Sparano assumiu os piratas deram trabalho para Chargers, Cardinals, Browns e Seahawks. Eles não estão vencendo mas estão jogando duro. Khalil Mack e Derek Carr são promissores e boas peças para construiu o futuro da equipe.

31 – Tampa Bay Buccaneers (1-8): Tampa parece uma equipe decente em alguns jogos, mas são muitos erros mentais e derrotas absurdas (Falcons e Ravens). Apenas Jaguars e Jets tem um saldo de pontos melhor que o Bucs, que assim como várias equipes do fundo da tabela possuem peças interessantes para o futuro.

32 – New York Jets (1-8): Eu tenho pena de Rex Ryan. Ele é um bom técnico, excelente coordenador defensivo, mas não é um cara tipo Bill Belichick que consegue fazer tudo sozinho. O Jets draftou mal e desenvolveu mal alguns atletas e está pagando o preço. A defesa, com lesões, está uma bagunça, e mesmo assim é a sexta cedendo jardas. O ataque é um caos maior ainda, com uma linha ofensiva que talvez seja a pior da NFL. Ryan está de saída, e tem sua parcela de culpa, mas não dá mais para ele tirar leite de pedra.

Era Rex Ryan chegando a um final melancólico em NY. Foto: ESPN.com

As maiores decepções da NFL

A temporada regular ainda não acabou, mas com apenas 5 rodadas restando, já se destacam as maiores decepções de 2012 da NFL. Por vários motivos, Detroit Lions, Kansas City Chiefs, Carolina Panthers, Philadelphia Eagles vem desapontando seus fãs. Outras equipes como New Orleans Saints e Pittsburgh Steelers sofreram com muitos problema dentro e fora de campo, e ainda sim permanecem na briga pela pós-temporada. Dallas Cowboys e San Diego Chargers também poderiam ser mencionados, mas ambas as equipes são inconsistentes e vem desapontando já faz algum tempo, não são exatamente uma surpresa.

Muitos fãs com motivos para se envergonhar em 2012.

1. Kansas City Chiefs (1-10): Considerado por muitos como candidato a levar sua divisão, ou pelo menos brigar por uma vaga de wildcard, a temporada 2012 dos Chiefs tem sido patética. Em 2011 a equipe terminou 7-9, mas muitos consideraram essa campanha apática fruto das várias lesões que o time sofreu, e pensaram que o o time voltaria a forma de 2010, quando foi para os playoffs assim que ficasse saudável, não foi o que aconteceu. Em poucos jogos a equipe teve chances reais de vencer, a única vitória veio contra os Saints na prorrogação, time que tem a pior defesa da NFL. O maior problema dos Chiefs está no ataque e na comissão técnica, e com um diferencial de turnovers de -29 não da pra viver. O que vem a seguir em Missouri provavelmente é uma grande limpeza, demissões de várias figuras importantes dentro da franquia e tentar manter os jogadores talentosos que a equipe tem, além de procurar um quarterback, posição que o clube teve mais problemas nesse ano.

Os Chiefs tiveram a “honra” de serem o primeiro time matematicamente eliminado da temporada.

2. Philadelphia Eagles (3-8): Ano passado, o então “Dream Team” da NFL desapontou e terminou 8-8, na atual temporada, conseguiram alcançar um fracasso maior ainda. O quarterback Michael Vick quando não está lesionado está lançando interceptações e sofrendo fumbles, quando o calouro Nick Foles o substituiu, foi igualmente ineficiente, os técnicos parecem se recusar a usar o melhor jogador do ataque, o RB LeSean McCoy com frequência, e eu nem cheguei no pior problema do time. A defesa, com as adições de Nnamdi Asomugha, Dominique Rodgers-Cromartie, Jason Babin (que foi cortado pelo time nessa semana) entre outros, além dos bons jogadores já existentes, era esperada como uma das melhores de toda a liga, fracasso total, demitiram o coordenador defensivo Juan Castillo, o que era ruim ficou pior ainda. Andy Reid, técnico a mais tempo no comando de uma equipe na NFL deve ser demitido ao final da temporada, a pressão da torcida é grande, e alguma hora o peso das contratações vai pesar no teto salarial da equipe, Philadelphia achou estar pronta para ganhar o Super Bowl, mas se encontra no meio de um processo de reconstrução.

Torcida em Philadelphia pede mudança de técnico.

4. Detroit Lions (4-7): 10-6 em 2011, a ressurreição da franquia após o desastroso 0-16 de 2008, com uma defesa que pressionava o ataque adversário e uma poderosa ofensiva aérea liderada pelo jovem e finalmente saudável QB Matt Stafford e o super wide receiver Calvin “Megatron” Johnson, os leões só poderiam evoluir em 2012, só que não. Um dos times mais faltosos da NFL na temporada passada continuou com seus erros mentais tanto dentro quanto fora de campo, tantos problemas e personalidades fortes pareceram finalmente atrapalhar o jogo do time em 2012. Com a defesa sem a mesma força de anos anteriores na linha defensiva, a secundária falha ficou cada vez mais exposta, enquanto que no lado do ataque a dupla Stafford-Johnson não conseguiu produzir os mesmos números gigantes do ano anterior, e a falta de um jogo terrestre eficiente finalmente fez efeito. A falta de disciplina, tanto de jogadores como de técnicos atrapalhou e muito a equipe, a boa notícia é que esse problema pode ser corrigido facilmente, a má é que parece ser tarde demais para isso.

O “pé bobo” do DT Suh é apenas uma amostra da indisciplina e dos problemas dos Lions.

5. Carolina Panthers (3-8): A campanha de 2011 não foi perfeita (6-10) mas para um time em reconstrução com um novo técnico e um quarterback novato, pareceu ser um bom passo e uma promessa de bons anos a frente. Pode ser que isso ainda aconteça, mas para um time que chegou em 2012 muito esperançoso com o talentoso QB Cam Newton mais experiente, e pagou muito para ter não só um, mas três running backs muito bons para ajudar seu novato, além de manter a defesa e adicionar o excelente LB novato Luke Kuechly, não tem sido um bom ano. O pior é como muitas das derrotas vieram, Carolina perdeu 6 de seus jogos depois de ter uma vantagem no quarto período, um time que começava as partidas até bem, mas na hora de fechar o jogo não conseguia. Muito disso cai em parte na equipe técnica, que parece não saber o que fazer com o ataque, todos os RB’s estão sendo mal utilizados, e Newton está muito abaixo dos números de sua temporada de calouro. Parece ser um time com as peças certas só que usadas do jeito errado, e com a demissão do gerente da franquia no meio da temporada, pode ser que mais mudanças venham, é esperar para ver se eventualmente a equipe alcance o que se espera.

O QB Newton é um dos mais criticados durante a fraca campanha dos Panthers.

Técnicos sob pressão

A temporada da NFL é curta, e já está em sua metade, com isso alguns times já aparecem virtualmente sem chances de playoffs, enquanto outros começam a subir ou cair pelas tabelas conforme a parte decisiva do ano vai chegando. Como sempre, algumas equipes não vem conseguido o desempenho que se esperava, e por esses e outros motivos, 6 técnicos estão com seus cargos em perigo.

Ron Rivera – Carolina Panthers: Em seu primeiro ano Rivera e seu jovem time do Panthers, liderado pelo então calouro-sensação Cam Newton lutaram em todos os jogos. Terminaram com uma campanha de 6-10, a sensação na Carolina do Norte era de que ali começava um time que seria um dos melhores por um bom tempo. A segunda temporada de Ron Rivera não tem sido nada disso, O time brigou em alguns jogos, mas no geral ficou muito abaixo do esperado com uma medíocre campanha de 1-6 até o momento. A defesa, que era pra ser o ponto forte de Rivera, vem melhorado nos últimos jogos mas não é aquilo que se esperava, enquanto que Cam Newton está passando por uma fase péssima tanto dentro, quanto fora dos gramados. A demissão do gerente geral do time, Marty Hurney, não foi um bom sinal para o técnico, já que esse tipo de situação indica que mais mudanças vão ocorrer, ao menos que o time melhore drasticamente no decorrer da temporada.

Andy Reid – Philadelphia Eagles: Reid é o técnico dessa lista que a mais tempo está no comando de seu time, e ele tem um currículo impressionante com o Eagles. Em 13 temporadas chegou aos playoffs 9 vezes, indo para a final da conferência em 5 ocasiões. Mas Philadelphia não é um lugar fácil de se comandar uma equipe, não é a primeira vez que Reid tem seu emprego ameaçado, mas com certeza é a mais preocupante. Em 2011 o Eagles foi uma das decepções da NFL, pois após várias contratações de peso o time teve a mediana campanha de 8-8 e não foi para os playoffs. 2012 já começou com pressão para o técnico, pois Jeffrey Lurie, dono da franquia, disse que 8-8 não basta, e cobrou uma vaga na pós-temporada. Infelizmente para Reid, o time continua desapontando, não jogando a nível de seu talento nos dois lados da bola, e o técnico tem sido criticado por suas chamadas no ataque, que continuam a priorizar o jogo aéreo mesmo com um QB inconsistente e tendo um dos melhores running backs da liga. A pressão só faz aumentar em Philly, e um dos técnicos mais vitoriosos da equipe pode ser demitido no final da temporada.

Desde 98 em Philadelphia, Andy Reid pode estar procurando emprego em 2013.

Pat Shurmur – Cleveland Browns: Em apenas sua segunda temporada em Cleveland, Pat Shurmur já está com seu emprego ameaçado pela falta de bons resultados. O Browns terminou 4-12 em 2011 e está 2-6 em 2012, a pressão pode parecer injusta com o técnico já que é um time com muitos atletas jovens e que tem pouquíssimo talento em várias posições, mas o problema lá também vem de cima. O Cleveland Browns foi recentemente comprado por Jimmy Haslam, e com isso é muito provável que haja uma reestruturação geral na franquia e que Shurmur seja uma das vítimas. A chance do técnico está em uma forte segunda metade da temporada, se o time mostrar alguma promessa Haslam pode decidir por dar a Pat mais um ano para provar que merece seu cargo.

Romeo Crennel – Kansas City Chiefs: O Chiefs está uma bagunça. Considerado como provável candidato aos playoffs antes da temporada pela quantidade considerável de talento que a equipe apresenta, o time vem apresentando um jogo extremamente fraco em todos os aspectos com uma horrível campanha de 1-6. Crennel assumiu a equipe no final da temporada passada como interino, e foi elevado a técnico principal por ter levado a franquia a 2 vitórias no últimos 3 jogos e aparentar ter total apoio de seus jogadores. Mas 2012 está sendo simplesmente horrível para Kansas City, o time ainda não esteve na frente no placar durante um jogo em toda a temporada (a única vitória veio na prorrogação) e lidera a NFL em turnovers, se mostrando bastante displicente com a bola, o que recai sobre toda a comissão técnica. O ponto final para Crennel veio após a última derrota do time, para o arqui-rival Oakland Raiders, na entrevista após o jogo o técnico disse não ter certeza do por que o time só utilizou Jamaal Charles, o melhor jogador do ataque, apenas 8 vezes na partida. Romeo já pode arrumar as malas, a única dúvida é se ele resiste até o final da temporada.

Novo dono do Cleveland Browns, Jimmy Haslam pode trazer várias mudanças.

Norv Turner – San Diego Chargers: O Chargers venceu a AFC Oeste nos 3 primeiros anos de Turner como técnico, mas desde então o time vem sofrendo uma decepção atrás da outra. Depois de uma bizarra temporada de 2010 na qual o time teve o melhor ataque e a melhor defesa da NFL e não foi para os playoffs, muitos culparam Norv por erros nos finais das partidas. Em 2011 mais uma temporada abaixo do esperado e mais pressão para o técnico de San Diego. Em 2012 ele recebeu mais uma, e provavelmente sua última chance no comando da equipe, que começou a temporada bem, com 3 vitórias em 4 partidas. Mas como dizem os críticos de Turner, o Chargers foi “Norved” de novo, com 3 derrotas seguidas, incluindo um verdadeiro colapso contra o rival Broncos e uma performance sonolenta contra Cleveland, os dias dele na Califórnia parecem estar contados.

Jason Garrett – Dallas Cowboys: Garrett assumiu o Cowboys na metade da temporada de 2010, e fechou bem o ano com 5 vitórias em 8 jogos. Em 2011 o queridinho do dono do time, Jerry Jones, levou o time a um bom começo, com uma campanha de 7-4, mas com 5 derrotas nos últimos 6 jogos, incluindo duas para o rival Giants, o time ficou fora dos playoffs mais uma vez. Em 2012 o Cowboys mais uma vez se mostra um time inconsistente. Além dos muitos erros do QB Tony Romo, a má administração do jogo e chamadas questionáveis do técnico, podem custar o emprego de ambos. As decisões equivocadas, como em uma 2ª para 1 jarda no final do jogo com 3 tempos para pedir ir para vários passes ao invés de garantir a primeira descida, é que fazem os especialistas e a torcida duvidarem da capacidade de Garrett. A segunda metade da temporada é que vai definir o futuro do atual técnico dos Cowboys.

Tanto Romo quanto Garrett podem estar com os dias contados em Dallas.

O que esperar da semana 6 da NFL

A semana 6 da NFL já começou com uma vitória surpreendente do Tennessee Titans sobre o Pittsburgh Steelers no Thursday Night Football. Enquanto o time vitorioso ganha alguma esperança na temporada, os problemas vão sendo expostos e um senso de urgência se instala no clube preto-dourado. Falarei de outras partidas prometem ser muito emocionantes e até certo ponto decisivas para algumas franquias em busca dos playoffs.

Começo conturbado em Pittsburgh.

Baltimore Ravens x Dallas Cowboys: Depois de uma vitória suada fora de casa domingo passado, os Ravens jogam em casa contra o Dallas que vem de uma semana de folga. Os Cowboys voltaram a terra depois de um começo promissor. O QB Romo continua a ser fortemente pressionado e a cometer erros, coisa que contra uma defesa habilidosa de Baltimore pode custar caro. Para os Ravens a vitória significa abrir uma boa vantagem sobre os rivais Steelers, enquanto que para os Cowboys ainda não é hora pra desespero, mas jogando numa divisão muito disputada, uma vitória como essa pode fazer uma grande diferença.
Philadelphia Eagles x Detroit Lions: Os Lions começaram a temporada desapontando a todos, e estão desesperados por uma vitória para não cair num buraco quase impossível de sair dentro de sua divisão. Para Philadelphia é um confronto dentro de casa que o time deve ganhar simplesmente por ser mais forte, qualquer derrota inesperada, ainda mais dentro de casa, pode custar muito para a franquia que está sob forte pressão da torcida para ir aos playoffs. O QB do Eagles, Michael Vick, tem que proteger melhor a bola e explorar uma secundária suspeita de Detroit, que por sua vez quer ver seu ataque voltar a forma de 2011 se quiser vencer e manter as esperanças.

Ravens vem confiantes para o jogo de domingo.

Seattle Seahawks x New England Patriots: Nenhum dos dois clubes está em situação crítica ambos com uma campanha de 3-2. Mas o jogo, em especial para o Seahawks pode ser vital, a defesa do time vem sendo sensacional, mas o ataque vem deixando muito a desejar. Jogando na surpreendente NFC West Seattle deve encarar cada jogo como uma decisão. Para os Patriots o jogo é mais sobre confiança, o clube não deve ter problemas para vencer a divisão, mas tem que provar que consegue vencer um jogo disputado contra uma defesa imponente, coisa que não aconteceu até agora.
San Francisco 49ers x New York Giants: Reedição da final da NFC da temporada passada, promete ser um jogão. Os 49ers querem não só a vingança da derrota que impediu o time de ir para o Super Bowl em Janeiro, como quer manter a liderança em sua divisão surpreendentemente forte. Os gigantes também estão numa divisão difícil, mas que todos os times são muito imprevisíveis, incluindo os atuais campeões, e uma vitória sobre o time que é considerado um dos melhores da NFL até agora pode ser o que o time precisa para ganhar confiança e consistência.

Giants venceram San Francisco no finalzinho nos playoffs.

Houston Texans x Green Bay Packers: Os Packers lideravam o jogo contra os Colts por 21×3 no intervalo, acabaram perdendo, 27×30. Bears e Vikings estão 4-1 na NFC Norte enquanto Green Bay está 2-3, ficar 3 jogos atrás no começo de temporada é inaceitável para o time que foi 15-1 na temporada passada. Jogando fora de casa e contra uma franquia que até agora está invicta os cabeças de queijo precisam fazer seu melhor jogo no ano tanto no ataque quanto na defesa para parar o time de Houston que até agora vem sendo quase perfeito. Promete ser um jogão no domingo de noite que deve ir até os minutos finais.
San Diego Chargers x Denver Broncos: Duelo de divisão entre dois grandes rivais que nesse começo vem se mostrando os favoritos para avançar aos playoffs. Os Broncos estão 2-3 e jogam fora de casa contra o Chargers que está 3-2 mas não está convencendo, especialmente quando enfrenta ataques fortes, que é o caso de Denver liderado pelo veterano Peyton Manning. As duas franquias devem lutar até o final da temporada pelo título da divisão, tornando os dois confrontos entre si vitais para decidir o campeão, e essa disputa começa segunda-feira em San Diego, promete ser um show de jogo aéreo, e assim como no futebol “clássico é clássico”.

Rivers e Manning vão se encontrar mais uma vez.