Hora do desespero?

Na semana 3 da NFL Tom Brady, Peyton Manning, Drew Brees, Aaron Rodgers, e Ben Roethlisberger perderam, esses 5 quarterbacks nunca haviam sido derrotados juntos em uma rodada. Outro fato a acrescentar é que todos eles também estão com campanhas com mais derrotas do que vitórias nesse começo de campanha. Com o atual equilíbrio da liga, e com pouco tempo para se recuperar (são apenas 16 jogos de temporada regular) esses QBs e seus times não podem mais vacilar. O que tem dado errado para esses clubes que tinham expectativas tão altas no começo do ano?

New England Patriots: Os Pats vem de dois finais dramáticos e pela primeira vez desde o final da semana 1 de 2003 tem mais derrotas do que vitórias. O time comandado por Bill Belichick também é o mais cotado para se recuperar, jogando numa divisão mediana com Bills, Jets, e Dolphins. A parte ofensiva da equipe, conhecida por ser sempre uma das melhores, vem sofrendo pra se adaptar ao novo esquema do coordenador Josh McDaniels, e mais recentemente com a lesão do tight end Aaron Hernandez, mas se confia na recuperação do ataque. Do lado defensivo, os Patriots até agora não estão conseguindo pressionar os quarterbacks adversários mesmo com os bons jogos dos novatos Chandler Jones e Dont’a Hightower, e isso tem que mudar para o time ter mais sucesso. O time da Nova Inglaterra não deve ter maiores dificuldades para chegar aos playoffs graças a uma tabela bem leve, mas quando enfrentar times com defesas mais sólidas pode sofrer.

Belichick não está satisfeito.

Denver Broncos: Depois de um começo inacreditável contra o Steelers, Peyton Manning e o Broncos voltaram a realidade com duas duras derrotas contra dois dos melhores times da temporada até aqui, Falcons e Texans. Com esses resultados, as perguntas sobre a qualidade e o braço do número 18 voltaram. O time joga numa divisão complicada, contra times talentosos de San Diego, Kansas City e Oakland, e a tabela não ajuda muito, com jogos que podem ser muito complicados. O maior problema do Broncos tem sido a consistência, tanto na defesa quanto no ataque, o time tem começado muito mal os jogos, e jogando constantemente atrás do placar, deixando o time previsível e em situações difíceis, Denver deve tentar tais começos para botar menos pressão em Manning. Os jogos contra os times da AFC Oeste vão decidir o futuro do time, todos os times na divisão são inconsistentes, e provavelmente só o campeão irá para os playoffs.

Recuperação para Manning e o Broncos?

New Orleans Saints: Todos sabiam que ia ser difícil sem o técnico Sean Payton, suspenso pela temporada inteira, mas 0-3 no começo, e com o próximo jogo sendo em Green Bay, a coisa ta feia na Louisiana. O ataque sem Payton parece estar perdido, mesmo tendo alguns bons momentos, Brees não está sendo bem protegido e está errando muitos passes, os recebedores também estão mal. No lado defensivo da bola é que está o verdadeiro problema do Saints, eles simplesmente não param ninguém, é a 30ª na liga cedendo pontos e a pior cedendo jardas. Ganhar a divisão parece impossível com o invicto Atlanta Falcons no caminho, Panthers e Buccaneers também tem potencial pra atrapalhar, mas uma derrota pro Packers na próxima partida e um começo 0-4 pode ser o final da temporada em New Orleans.

Sean Payton. Técnico também é desfalque.

Green Bay Packers: Depois da derrota chocante pro Seahawks, Green Bay se encontra 1-2 na temporada, e independente da influência dos árbitros reservas no último jogo, o time ainda tem muitas perguntas. O ataque liderado pelo MVP Rodgers ainda não voltou a forma de 2011, mesmo jogando contra defesas muito boas, se esperava mais do jogo aéreo do Packers. A linha ofensiva precisa proteger seu QB melhor, e no segundo tempo do jogo contra Seattle conseguiram, com passes mais rápidos e correndo mais com a bola. Depois de ser dominada na semana 1 pelo 49ers, a defesa do Packers dominou tanto os Bears quanto os Hawks, especialmente com uma secundária fortíssima que dificilmente deixa um receiver livre. Assim como o Patriots se espera que Green Bay melhore bastante na temporada, a tabela não é das mais difíceis e embora possam ser jogos complicados, o time parece dominar seus rivais de divisão.

Dor de cabeça em Green Bay.

Pittsburgh Steelers: Perder pro Raiders, mesmo fora de casa, não era o esperado para os Metaleiros, nem esse começo de 1-2. Na semana 4 Pittsburgh tem sua folga, e ela não poderia vir em momento melhor, o time espera ter Mendenhall de volta no ataque, e Polamalu e Harrison de volta na defesa para a 5ª rodada. A defesa do time não parece ser mais aquela “cortina de ferro” de anos anteriores, mesmo com desfalques, as derrotas do time vieram de viradas, com a defesa não conseguindo segurar seu oponentes no final. No ataque, Big Ben vem jogando melhor do que o esperado, mesmo com a linha ofensiva eternamente suspeita, o problema está no jogo terrestre, aonde o time não tem sucesso, com a volta de Mendenhall isso pode melhorar. A divisão não é fácil com uma excelente equipe do Ravens e um jovem e perigoso time de Cincinnati, o resto da tabela também apresenta dificuldades com jogos contra Eagles, Giants, e Cowboys.

Steelers espera volta de Harrison.

Todos os times acima tem capacidade de se recuperar, mas a NFL é cada vez mais equilibrada e imprevisível, quem dará a volta por cima?

Preconceito ou frescura? O racismo no futebol

Atualmente o politicamente correto é algo em voga ao redor do planeta, ou em boa parte dele. Regras de comportamento e moral são espalhadas desde encontros formais até aquele almoço de domingo com a família. Como o esporte reflete e influencia a trajetória da sociedade ocidental, não é diferente. A diferença dos problemas com o politicamente correto são o poder e o alcance que a informação têm hoje. Se um jogador se machuca no campeonato da Bósnia, fica-se sabendo segundos depois aqui no Brasil.

Fala-se em racismo, preconceito étnico, religoso, social. A pergunta é: o que mudou para que, muitas vezes, isso seja mais importante que o próprio jogo? O racismo apareceu como “menina dos olhos” da mídia depois de ignorado por eras, ou a importância é muito maior? O ponto é polêmico. Confrontos entre os católicos do Celtic e os protestantes do Rangers sempre ocorreram no clássico escocês, ocorrido pela primeira vez em 28 de maio de 1888. Xingamentos de “negro” e coisas piores ocorrem em todos os pontos do globo, em todas as Ligas, desde a mais pobre até a mais rica (Premier League). O que mudou para que, agora, isso seja considerado ofensivo, e não “parte da provocação do esporte’?

“The Old Firm”, nomenclatura como é conhecido o clássico entre Celtic e Rangers

É uma linha tênue entre a provocação esportiva – saudável e sempre presente até o fim dos tempos – e o preconceito. Como foi dito acima, o esporte reflete e influencia a sociedade. Quando um jogador negro entra em campo em certos campos da Europa Oriental, é recebido com bananas e cânticos nazistas. Até hoje, os russos do Zenit são contra a presença de mulheres em seu estádio, o Petrovsky. Um claro exemplo disso é a Taça Libertadores, competição mais importante da América do Sul. Sempre caracterizada por “dura, ferrenha, repleta de provocação dentro de campo e nas arquibancadas”, a Libertadores passou a ser vigiada pela Conmebol, com os “preconceituosos” sendo punidos com multas ridículas. A impressão que dá é que com o aumento da repressão, inflou-se o ódio.

 Se diz há muito tempo que o torcedor, se pagou ingresso e não bateu em ninguém, pode se expressar como quiser na arquibancada. Isso claramente vai de encontro à vários problemas relacionados com comportamento atualmente. A introdução do politicamente correto no esporte nada mais é que a transformação do próprio esporte. De atividade lúdica, divertida, improvisada; para algo tétrico, estruturado, duro. Chegando ao ponto de se criticar o torcedor por estar soprando um apito durante o jogo, confundindo o juiz. Em outros tempos, isso seria visto como “malandragem” e exaltado. Hoje, é taxado.

Torcida do russo Lokomotiv Moscou “agradecendo” ao West Brom, clube inglês, por ter comprado o atacante negro Peter Odemwingie

Clubes europeus e brasileiros já sofreram punições por atos preconceituosos. Lá no velho continente as punições são, contudo, mais duras. O zagueiro John Terry, ex-capitão da Seleção Inglesa, foi punido por quatro partidas por atos racistas durante um jogo do Chelsea e é linchado moralmente há semanas. O que este texto pretende fazer refletir é: até onde é provocação? Até onde é salutar? Quando começa a ser passível de crime? O quanto de hipocrisia existe? Esportes coletivos, principalmente o futebol, se caracterizaram por provocação psicológica, dentro e fora de campo. Até que ponto isso precisa morrer? Até que ponto o politicamente correto tem que “matar” este fator do esporte para a melhoria da sociedade? É punindo um indivíduo que leva uma faixa nazista no estádio que se resolve o problema?

É no estádio a ponta do iceberg?

Apoio que anda em falta

Dando continuidade ao tema do meu último post, torcida, gostaria de infiltrar pelo caminho inverso. Se anteriormente foi falado sobre os grandes públicos que certos times de pequena expressão atraem para seus estádios em séries inferiores, na principal divisão do Campeonato Brasileiro um fênomeno contrário pode ser notado: alguns tradicionais clubes estão tendo dificuldades em chamar seus torcedores a campo. Agremiações que historicamente têm o costume de marcar grandes médias, atualmente não conseguem repetir tal status. Outras têm um glorioso passado e um baixo número de adeptos.

Talvez isso ocorra pelas reformas dos campos de jogo para 2014, talvez por campanhas não tão atrativas, ou ainda por ingressos caros,   o fenômeno tem se destacado, apesar de a grande mídia não focar no assunto. Jogar fora de seus habituais domínios é sempre complicado, é difícil manter a mesma categoria em um ambiente diferente, por vezes até mais distante.

 

 

Torcidas dos grandes cariocas

Dentre os cariocas na série A, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, o que está à frente na tábua de classificação de público é justamente o que é conhecido por ter menor torcida. O Alvinegro ocupada a 12ª posição, com 9611 por jogo e fica à frente dos seus rivais locais.

 

 

Torcida do ‘Mengão’

Diz-se que o Flamengo possui a ‘maior torcida do mundo’. A média do rubro-negro carioca lhe confere apenas a 15ª posição, com 8784 pessoas por jogo. Fica na mesma posição se a ocupação do estádio for considerada. 23% do Engenhão,  que fica num bairro de difícil acesso e distante.

 

 

 

Torcida do Vasco

Eterno rival, o Vasco da Gama, vem logo em seguida e com uma média parecidíssima, com 8304 pessoas por partida. São Januário tem capacidade para 24.584 pessoas e a vista das suas arquibancadas não enche os olhos, apesar de o Gigante da Colina fazer uma campanha razoavelmente boa, disputanto, inclusive, o título.

 

 

Torcida do Fluminense na final da Libertadores 2008

O Fluminense é líder do campeonato, possui jogadores no elenco convocados para a Seleção, apresenta um futebol convincente para ganhar o título e mesmo assim não constroi uma média no nível do time. Com o Maracanã fechado, o tricolor sofre, assim como seus companheiros de estado, para colocar plateia no Engenhão. Média de 8881 pessoas, o Flu fica na 14º posição no ranking das torcidas. Talvez o líder com menor média da história do Brasileirão.

 

 

Torcida do Santos

A Vila Belmiro já viu desfilar em seus gramados grandes nomes como Pelé, Coutinho, Pepe e companhia, e hoje conta com o jovem astro Neymar, que acaba de conquistar uma Recopa Sulamericana, foi campeão da Libertadores em 2011 e tem dado um show quando o assunto é futebol. Porém nada disso parece ser suficiente para ampliar a modesta torcida do Santos, cuja média é baixíssima e o deixa atrás de times como Figueirense e Coritiba, assim como, para ser justo, os outros citados, a não ser pelo Botafogo.

 

 

A Massa do Galo

O caso do Atlético Mineiro é diferente. Sabe-se que o Galo tem uma enorme e apaixonada massa. Sua média, apesar de ser a terceira do campeonato, é de 18.309 segundo dados atualizados até 21/09/2012. Há a desculpa de que o time joga no Independência, bem menor que o Mineirão, que está em reformas para a Copa do Mundo. Além do mais, tal estádio tem capacidade para aproximadamente 23 mil pessoas, o que dá uma taxa de aproximadamente 80% de ocupação. É o líder neste quesito.

 

 

Torcida do Leão da Barra tem dado espetáculo na Série B

Em contrapartida, Sport, Náutico e Bahia vêm mostrando a força do Nordeste. Até pouco tempo o Leão era o segundo no ranking, hoje é o quarto e seus seguidores têm tentado voltar às cabeças, embalados pela campanha de recuperação rubro-negra no campeonato. O Náutico, nono em média, não possui uma casa muito ampla, mas apesar disso enche os Aflitos, fazendo de lá um verdadeiro caldeirão e colocando o pessoal da Rosa e Silva na 3ª posição na tábua de ocupação de estádio, com 60%. O Tricolor de Aço, que manda seus jogos em Pituaçu até o soerguimento do novo estádio da Fonte Nova, mantém bom número e carimba a 5ª posição. Em 2013 o Vitória, atual líder da Série B, volta para engrossar o caldo.

 

É bem possível que alguns dos referidos clubes voltem a ter boas médias já no próximo ano. Por outro lado, o grande motivo para alguns é a Copa do Mundo, então teremos que aguardar 2014 passar, ou pelo menos os estádios em reforma/construção ficarem prontos.

O desastre do Monday Night Football

Seattle Seahawks 7×12 Green Bay Packers, 8 segundos para o final do jogo, Russell Wilson lança um passe desesperado na endzone, começa o caos. Na verdade não foi só a jogada desesparada do time de Seattle – que acabou por “vencer” a partida por 14×12 – que criou toda a confusão que foi vista em campo, e fora dele, na noite de segunda-feira. Quando foi anunciado ainda na pré-temporada que a NFL ia ter árbitros reservas por tempo indeterminado já se instalavam as perguntas do quanto eles iam influenciar o jogo em vários aspectos. E por mais que vários erros tenham acontecido, desde faltas incorretas até dar um timeout extra para um time, as zebras substitutas não haviam influenciado diretamente o resultado de nenhum jogo, alguns até defendiam os juízes dizendo que os jogadores e técnicos estavam tentando se aproveitar deles, o que é verdade. Mas o problema é que, por mais que estejam tentando fazer um bom trabalho, os homens que o comissário Roger Goodell botou em campo simplesmente não tem capacidade para apitar jogos do nível e da velocidade da NFL, eles não possuem o domínio das regras e nem a experiência necessária.

Eles não sabem o que fazem.

Voltando ao jogo, o safety M.D. Jennings do Packers parecia ter interceptado o passe desesperado de Wilson na endzone, mesmo com o receiver Golden Tate (que havia feito uma falta, que não foi marcada, no começo da jogada) de Seattle botando suas mãos depois do lance e brigando pela bola, seria touchback, Green Bay continuaria com vantagem no placar, fim de jogo. Dois juízes se aproximam dos muitos jogadores no chão, observam Jennings com a pelota e Tate brigando com ela pela posse, e um deles marca touchdown enquanto o outro marca touchback, que seria a consequência da interceptação, depois de alguma discussão, confirma-se o TD. O estádio vai a loucura, torcida do Seahawks comemora, mas como toda jogada de pontuação é revisada, temos que esperar um pouco. Começam os replays, narradores e comentaristas, e a maioria que acompanha o jogo pensa que vão ter que voltar atrás na jogada, o placar vai continuar inalterado, o que não aconteceu, o juíz principal anunciou que depois de terem revisto a jogada, a marcação de campo foi confirmada.

Dois árbirtros, duas marcações.

Bagunça generalizada em campo, jogadores do Packers indo embora antes do chute do ponto extra (voltaram depois) twitter indo a loucura com o absurdo visto no final do jogo. Todos se perguntando qual seria a resposta da liga, e implorando para que de uma vez por todas, a associação de árbitros, o comissário Goodell e os donos dos times resolvessem quaisquer que sejam os impasses financeiros e trouxessem as zebras oficiais de volta. Na terça-feira a NFL soltou um comunicado sobre os incidentes do jogo da noite anterior, eles admitiram que houve falta do recebedor de Seattle, mas defenderam a marcação dos árbitros que a bola estava dividida entre os jogadores, e que nesse caso a vantagem é do ataque. A regra de fato diz isso, só que o jogador de Green Bay recebeu a interceptação e depois foi que houve a disputa da bola, nesse caso, a vantagem é da defesa, ou seja, além de tudo, a liga não soube reconhecer o erro.

Situação fica feia para o Sr. Goodell.

É interessante que depois de todas as regras para tentar proteger melhor os jogadores, depois de todo o estardalhaço que a liga causou aplicando multas altíssimas para jogadores que fizeram jogadas consideradas sujas ou ilegais. Chegando a aplicar multas para técnicos que falaram poucas e boas para os juízes reservas. Tudo isso sob o pretexto de conservar a segurança dos atletas e a integridade da liga, a NFL ameaça exatamente o que ela julga estar preservando com essa situação dos juízes, que é puramente financeira. A NFL movimenta bilhões de dólares por ano, os donos dos times também possuem bastante dinheiro, para o bem dos fãs, e até da imagem da liga, que começa a ficar manchada por todas essas confusões, PAGUEM AS ZEBRAS!

Torcedor do Packers indignado.

 

Na alegria e na tristeza

Torcer para um clube de futebol, especialmente no Brasil, é algo que transcende os limites do normal. Casos já relatados mostram uma paixão anormal, até inexplicável. Há o torcedor com mais condições que não hesita em ir ao estádio todo santo jogo, ocupando seu camarote ou indo às sociais. Há também aquele mais humilde que, de tão apaixonado, chega ao ponto de tirar o dinheiro da própria comida para ver seu time jogar e gritar o gol do seu ídolo.

Festa da torcida brasileira em 2002

Diz-se por aí que o futebol é algo pouquíssimo importante para se dispensar tamanha atenção. Nesse caso, o aficcionado pelo esporte pode responder com um ‘o Sacchi tem razão’*. O torcedor não se preocupa com o que aparenta, vai exatamente na contramão disso, por vezes fazendo questão de exaltar sua imagem de apaixonado.

Sampaio Corrêa, Paysandu, Remo, Fortaleza e Santa Cruz. O que todos têm em comum é um dos objetivos deste texto. A saber:

Torcida ‘boliviana’ no Maranhão

Paixão em muitas cores: O Sampaio Corrêa, carinhosamente chamado de ‘Bolívia’ pelos seus torcedores por causa das cores, passou por uma longa e agreste fase, porém acaba de se garantir na 3ª divisão do Campeonato Brasileiro de 2013 com bela campanha e grandes públicos. Foi de se encher os olhos.

Tricolores apoiando o Fortaleza

Busca pela hegemonia: O Tricolor do Pici, em meados da década passada, era dono de uma supremacia em seu estado, panorama favorecido por um mau momento do eterno rival, o Ceará. Ter sido multicampeão estadual e algumas participações na Série A do Brasileirão ratificaram esse status. Porém, já no final dos anos 2000, o Vozão deu uma guinada e conseguiu reverter a situação, e o Leão caiu pelas tabelas. Este retornou, inclusive, à 3ª divisão. Após passar por uns momentos difíceis, até mesmo financeiros, o Fortaleza parece estar se reabilitando. Formou um time forte para o Brasileiro 2012 e fatalmente conseguirá o acesso, com o apoio da fanática torcida, que tem enchido o Presidente Vargas toda partida.

Leão Azul e Papão da Curuzu

Rivais de mãos dadas: Os dois grandes clubes da capital do Pará são adversários ferrenhos, embora a rivalidade tenha esfriado, fato associado talvez à queda do poderio de ambos em relação ao que apresentavam anteriormente no cenário nacional. Ao realizar uma bela campanha na Libertadores da América de 2003, até mesmo vencendo o temido Boca Juniors em plena La Bombonera, parecia que o Paysandu levaria o futebol paraense a outro nível, quem sabe se equiparando a centros mais desenvolvidos no país. O que se viu, entretanto, foi uma decadência rápida. Após isso, o Papão fez companhia ao coirmão no fundo do poço, ficando sem divisão e passando necessidade ao tentar sanar os próprios cofres. Contudo, o time bicolor em 2012 tomou nova cara após a lastimável campanha no campeonato paraense, humilhou o Sport na Copa do Brasil e também está firme na briga por uma vaga na Série B de 2013, com a força de um estádio Leônidas de Castro sempre cheio. O Remo, em estado ainda pior, ainda respira por aparelhos, mas os fieis adeptos do Leão Azul permanecem ao seu lado e lutado em busca da volta dos dias de glória, constituindo a maior média de público do Parazão em 2012 e fazendo jus ao apelido de ‘O Mais Querido de Belém’. Os 12 anos sem disputar a Série A e os 5 sem participar da B, além de desde 2008 não participar do nacional, aparentemente criaram um vínculo maior com os torcedores.

Santa Cruz com o Arruda lotado

Corais contam com a força do seu estádio: O Tricolor é um dos clubes mais tradicionais do estado de Pernambuco e do Nordeste. É conhecido também por ser protagonista de uma das maiores decadências do futebol brasileiro: a queda sucessiva da elite do Campeonato Brasileiro até a lama da Série D. A ‘escada’ tomada pelo Santa foi a todo tempo motivo e inspiração para chacotas feitas pelos seus adversários locais, que voltavam a um melhor momento no futebol nacional. Apesar disso, a massa coral não abandonou seu time, e passou a lotar o estádio do Arruda nos jogos da Quarta (e agora da Terceira) divisão. A situação na Série C é idêntica à do Paysandu e, por ser o time mais tradicional e com mais dinheiro da competição, pode ser uma boa aposta para o acesso, pois tem chegada e o apoio das arquibancadas.

Sem querer exultar muito ou ficar comparando, as torcidas do Norte e do Nordeste dão um show à parte no quesito paixão e fazem belas festas nos estádios, enquanto boa parte das do Sudeste têm decepcionado. Isso é notório. O que não se costuma perceber de primeira é: por quais motivos times com menor expressão levam tanta gente aos estádios? Fica somente o julgamento de uma torcida apaixonada e só. Não pretendendo desmerecer ninguém, mas em determinados casos, as circunstâncias colaboraram. Quantidade menor de jogos, ingressos mais baratos, viagens mais curtas. Tudo isto favoreceu a imagem dos torcedores dessas agremiações.
Está longe de ser algo recriminável, até mesmo porque o poder aquisitivo de tais clubes é muito mais reduzido em relação aos médios e grandes do Sul/Sudeste, então esses públicos gigantes são necessários (assim como para qualquer outro) e dignos de aplausos e admiração, apesar das ressalvas.

*Arrigo Sacchi, ex-treinador italiano. Famoso, além de outros motivos, por ter proferido a clássica frase “O futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes”.

O tártaro do futebol italiano

Se você é fã de futebol europeu e viveu ativamente os anos 1980/90, certamente fica impressionado com a derrocada do futebol na Itália. O Calcio passou de Liga mais forte do velho continente, com todos os jogadores querendo vaga nas equipes do país, para atual quarta força da UEFA, atrás da Premier League, Bundesliga e da Liga Espanhola.  O Campeonato Italiano vem se tornando aqueles desertos do velho oeste americano, com feno rolando e apenas uma poça d’água de esperança: a Juventus.

Van Basten: símbolo de uma época de ouro na Itália

A ascenção de fortunas ligadas ao petróleo dentro do futebol, aliado ao péssimo momento econômico vivido pelo país, fizeram o futebol da terra da bota minguar. Se antes havia profusão de craques como Batistuta, Maldini, Weah, Ronaldinho Gaúcho, Ravanelli, Van Basten, Zidane, entre muitos outros, o que se vê hoje é a debandada de jogadores para centros como Inglaterra e Alemanha e para o PSG, ilha endinheirada no fraco futebol francês. A saída de atletas de bom nível técnico refletiu na força do país nas competições europeias: exatamente dez anos depois de uma final italiana entre Milan e Juventus ser realizada na UEFA Champions League, a Itália iniciou a edição deste ano com apenas dois representantes, ao contrário dos três de temporadas anteriores. Isso porque o país caiu no coeficiente da UEFA e perdeu uma das vagas para a Bundesliga, hoje o campeonato com maior média de público da Europa.

Conte, suspenso por 10 meses por ser conivente com manipulação de resultados

Ademais, os escândalos de manipulação de resultados assombram o país. O técnico da atual campeã Juventus,  Antonio Conte, está suspenso por 10 meses por ter sido conivente com tais acordos de casas de apostas quando ainda era técnico do Siena, em 2011.

O futebol italiano vive uma autêntica draga. Jogos fracos, equipes tecnicamente pobres (em ambas as conotações) e a Juventus passeando sobre os rivais. Perda de receita, fãs e espaço na grade de TV (hoje nenhuma TV aberta o transmite, e apenas uma rede de TV fechada possui o monopólio no Brasil). Aquele que foi o país da mais influente Liga do planeta hoje vê seus times penando para vencer médios. O Milan, por exemplo, empatou com o Anderlecht, em casa, pela Liga dos Campeões, e a Inter de Milão suou para arrancar um empate com o Rubin Kazan pela Liga Europa. Atualmente, só o macarrão salva.

*Tártaro é a expressão grega para o mundo inferior, ou inferno. Era onde, na mitologia grega, ficavam as cavernas, grutas e toda horda de seres malignos, além do reino de Hades, o mundo dos mortos.

A era dos quarterbacks

Joe Montana, John Elway, Terry Bradshaw, Johnny Unitas, Fran Tarkenton, Troy Aikman. Todos esses são alguns dos quarterbacks lendários que já passaram pela NFL. Mas o que acontece nas últimas temporadas é talvez a maior inserção de talento na posição mais importante do jogo em uma única época. Pode-se questionar quantos dos QBs atuais chegam ao nível das lendas, pois se exige muito mais da posição hoje. O fato é que o football moderno é muito mais dependente dos passes, e essa é provavelmente a maior causa dessa injeção de jogadores de alto nível na posição.

Montana, lenda do 49ers.

Até algumas temporadas atrás, o número de quarterbacks de alto nível na NFL era baixo. Alguns times possuiam QBs excepcionais enquanto a maioria sofria nessa posição, os times então procuravam ter defesas e ataques terrestres fortes, e jogadores mais experientes que pudessem simplesmente gerenciar a partida como quarterbacks. Somente os times mais desesperados começavam seus QBs novatos de cara, no entanto, cada vez mais times estão tomando esse risco desde que Matt Ryan e Joe Flacco conseguiram, em suas temporadas iniciais em 2008, levar seus times aos playoffs. Desde então, a idade média do QB titular na liga caiu de 29,1 em 2008 para 27,8 em 2011, com cada vez mais times apostando em seus novatos.

Ryan e Flacco, vitórias desde o início.

No início da temporada 2012-2013, 5 quarterbacks novatos foram nomeados titulares de seus times, o maior número desde 1950. Se ampliarmos para QBs no primeiro ou segundo ano de experiência, o número sobe para 10. O que acontece na liga, até como consequência da revolução ofensiva que temos visto no últimos anos, é uma grande safra de talentos que estão entrando em campo diretamente. O comum na NFL era deixar o jogador amadurecer alguns anos, aprender e se adaptar ao jogo, já que a diferença entre o universitário e o profissional é muito grande. O exemplo mais recente disso é o de Aaron Rodgers em Green Bay, que passou 3 anos sendo reserva de Favre até ter sua chance em 2008.

Rodgers, espera deu resultado.

Mesmo que ter esses jovens no comando do ataque não signifique que o time vá ganhar muitos jogos, os QBs ganham experiência, e mostram seu potencial para os técnicos e torcedores. Um exemplo disso foi a temporada espetacular de Cam Newton em 2011, que estatisticamente foi a melhor temporada de um novato na história, mas foram só 6 vitórias, afinal, é um esporte de equipe. Outro aspecto positivo é que muitos técnicos, ao invés de fazer os novatos aprenderem seu sistema, muitas vezes adaptam seu estilo para um que aproveite melhor o talento de seu quarterback. Assim, o time pode obter melhores resultados, enquanto seus jogadores ganham confiança e o atleta vai se familiarizando aos poucos com os esquemas mais complexos.

Sucesso para os novatos de 2012?

Falando do talento geral na liga, eu dividi os quarterbacks em alguns grupos:

Elite: São os já comprovadamente vitoriosos, os quais seus times podem depender deles, e que muito provavelmente vão pro Hall da Fama. Drew Brees, Tom Brady, Peyton Manning, Eli Manning, Aaron Rodgers, e Ben Roethlisberger.

Quase lá: Quarterbacks veteranos, muito talentosos, mas que ainda sofrem algumas inconsistências, estão a algumas temporadas acima do nível, e quem sabe um Super Bowl de serem elite. Philip Rivers, Jay Cutler, Michael Vick, Matt Schaub, Matt Ryan, Joe Flacco, Matthew Stafford, Alex Smith e Tony Romo.

Os Jovens: QBs que estão na liga a pouco tempo, mas já mostraram flashes de talento, tem muito tempo pela frente, e quem sabe possam ser a elite do futuro. Cam Newton, Andy Dalton, Sam Bradford, Josh Freeman, Christian Ponder, Jake Locker, Blaine Gabbert, Robert Griffin, Andrew Luck, Russell Wilson, Ryan Tannehill, Brandon Weeden.

Os Outros: Os que já estão na liga a algum tempo, tiveram seus momentos, mas não inspiram muita confiança no torcedor hoje em dia, tem muito a provar. Carson Palmer, Matt Cassel, Ryan Fitzpatrick, Kevin Kolb e Mark Sanchez.

Começar o QB logo ou deixá-lo amadurecer? Adaptar seu sistema ao atleta ou fazer com que ele aprenda o seu em campo? Qual tática você acha mais eficiente para um jogador jovem? Quais dos quarterbacks novos vão ter mais sucesso no futuro? Concorda com minha divisão dos QBs? Discuta, comente, dê sua opinião!

O preconceito à beira do gramado

O racismo no futebol é um mal que provavelmente nunca será sanado de maneira absoluta. No Brasil, de maneira mais timida, mas principalmente na Europa Oriental e em partes da Ásia, o problema parte de dirigentes e torcida para com jogadores de várias origens. É um tema sempre recorrente.  Mas algo que se aborda pouco é o preconceito que recai sobre os treinadores de futebol. Em especial, do futebol brasileiro. E não apenas o preconceito étnico: o problema vai além.

O preconceito étnico para com os jogadores o é o mais abordado pela sociedade. Mas entre os técnicos o problema também persiste. Casos recentes foram os de Andrade, campeão brasileiro com o Flamengo em 2009 e recentemente Cristóvão Borges, ex-técnico do Vasco. O segundo é mais emblemático. Apesar do título conquistado, a importância de Andrade sempre foi contestada na conquista do rubro-negro. Com um elenco difícil em mãos, o treinador sempre fora colocado como parte “menor” do processo, e reclamou posteriormente de não ter oportunidades em outras equipes por ser negro. Ainda sim, Andrade nunca mostrou algo sequer razoável depois de seu título nacional.

Jair Picerni

 

Cristóvão Borges é diferente: o técnico conseguiu levar um esfacelado elenco do Vasco à uma boa poição na tabela, mas nunca foi aprovado por boa parte dos torcedores. Eram frequentes os xingamentos racistas da própria torcida do Vasco sempre que o treinador se levantava do banco de reservas para dar instruções aos jogadores. Antes respaldado pelos resultados, o profissional caiu após a derrocada da equipe na competição. Segue desempregado.

Mas o preconceito sob o treinadores também possui outro viés: o social. Jair Picerni, treinador com passagem pelo Sport em 1987 e que brilhou no São Caetano em 2005 nunca teve oportunidades seguidas em times de maior expressão. Jair reclamou sempre de não ter chances por ter um jeito mais “rústico” e “simples” do que outros profissionais. Por isso, teria sido preterido na carreira, treinando sempre clubes menores. E isso não chega a ser surpresa. Em um esporte tão midiático quanto o futebol, a imagem é levada em consideração, e Jair Picerni é apenas um dos exemplos deste problema. O problema não é a cor, é justamente a cegueira.

Andrade e Cristóvão: faces do mesmo problema

 

Vive-se um mundo onde o negativo possui muito mais impacto do que o positivo. Faixas ofensivas aos negros, bananas distribuídas em jogos de futebol, suásticas em bandeiras e pavilhões; além disto, olhos “tortos” para quem não possui domínio da norma culta. Enquanto isso, Romário, um dos maiores jogadores do futebol mundial em todos os tempos, diz que Joel Santana foi o melhor treinador com quem o mesmo já trabalhou. Afora a parte tática questionável de Joel, é um caso a se pensar sobre o que realmente importa.

Duelo histórico entre Brasil e Argentina

As seleções de futebol do Brasil e da Argentina estão disputando um tradicional campeonato amistoso que andava no esquecimento. Os rivais fizeram em 1914 a primeira edição do microtorneio criado pelo governante portenho à época, o general Júlio Roca, conhecido como ‘Zorrito’. A Copa Roca, como de início era chamada a competição, foi idealizada um ano antes com o intuito de estreitar as relações entre ambos os países, e foi assim batizada em homenagem ao presidente, que acabara de falecer.

Copa Roca em 1939

O primeiro resultado entre as seleções no torneio foi 1×0 para o Brasil, com gol de Ruben Salles, num jogo marcado por curiosidades. Ao contrário da rivalidade que se registra hoje em dia, os brasileiros foram bem recebidos nas terras vizinhas. O mais inusitado, entretanto, fica a cargo do fato de que, ao ser marcado o gol de empate da albiceleste, os próprios argentinos se recusaram a aceitar a validação pelo árbitro, pois o jogador que havia mandado a bola para a rede, Leonardi, teria a dominado com a mão. Ao final da partida o goleiro brasileiro, Mendonça, foi carregado por uma multidão que invadiu o campo.

Seleção brasileira derrotada pelos argentinos em 1941

Quase três décadas depois, outro fato acontecido durante a Roca entrou para a história do futebol: um menino de meros 16 anos, chamado Pelé, estreava com a camisa amarela em pleno Maracanã e para um público de mais de 80 mil pessoas, substituindo um jogador de renome nacional, Del Vecchio. O rei marcaria seu primeiro gol pela seleção, mas a Argentina venceria por 2×1.

Estreia de Pelé pela Seleção em 1957

Após 1976, o embate ficou na geladeira por longas temporadas, porém foi trazido de volta em 2011, com o novo título de ‘Superclássico das Américas’. Uma regra nova foi incorporada: apenas jogadores que atuem em seu país de origem ou no do adversário poderiam ser convocados. Nada de ‘europeus’ ou ‘asiáticos’. O resultado, Brasil campeão pela 9ª vez, com atuações destacadas dos jovens astros Neymar e Lucas.
O confronto costumava ser realizado para alimentar uma rivalidade saudável entre ambas as equipes, porém, dada a delicada atual situação do técnico Mano Menezes, o tiro tende a sair pela culatra. O negócio (sim, questão financeira também), de trazer o tradicional campeonato de volta pode exaurir ainda mais as forças e a imagem do comandante da Amarelinha. No jogo desta quarta-feira, 19, apesar da vitória por 2×1, Mano foi chamado de burro e a torcida goiana imperava pelo retorno de Luiz Felipe Scolari, pentacampeão em 2002.

Capa do jornal O Globo Sportivo em 1923, noticiando a primeira vitória argentina na Copa Roca

Não parece ser a solução mais adequada, ou a salvação da pátria. A realidade é dura e Felipão, Muricy ou Luxemburgo, só por exemplo, não mudariam a situação da noite pro dia tão próximo da Copa do Mundo. O Brasil está carente. Resta a esperança de que, em 2014, a volta por cima venha com raça e vontade, pois o futebol apresentado não é nada animador, nem com o time principal, nem com o time do Superclássico.

Mano Menezes e Alejandro Sabella posam juntos da taça do Superclássico das Américas de 2011

7 conclusões de início de temporada e previsões para a semana 3 da NFL

O footballfutebol está no ar, e na NFL a bola oval também. Vamos nos aproximando da terceira rodada, que começa com o duelo entre Giants e Panthers no Thurday Night Football, com isso em mente, trago 7 conclusões, surpresas ou não, que vi nesse início de temporada, além de previsões para os duelos da semana 3 de football.

Peyton Manning ainda não é o mesmo. Depois de uma performance impressionante contra o Steelers na semana 1, Manning teve um começo de partida horrível em Atlanta, foram 3 interceptações em 1 quarto de jogo. O que falta ao futuro membro do hall da fama não é se acostumar ao time, ou ao jogo, o que pareceu ser o maior problema do camisa 18 foi o braço, está faltando um pouco de força nos lançamentos mais profundos, a defesa do Falcons conseguiu disfarçar bem as coberturas, e Manning tentou encaixar bolas difíceis, mas faltou braço. Com certeza ele vai trabalhar para minimizar os erros, mas é improvável que o lendário quarterback volte a ser o mesmo.

Peyton sofreu em Atlanta

Philadelphia abusou da sorte. É difícil falar de sorte no mundo dos esportes, mas com tantos erros cruciais, os Eagles tem que agradecer o fato de começarem a temporada invictos. O time venceu os 2 jogos de virada no finalzinho, ambos por 1 ponto de diferença, contando também com vários erros dos adversários. Tem talento de sobra lá em Philly, mas se o time quiser algo a mais nessa temporada, vai ter que cortar os erros, principalmente Vick, ele é alma do ataque, além de ficar saudável, é uma boa ele evitar dar a bola de presente pros adversários.

O Saints precisa, e muito, de Sean Payton. A pré-temporada foi extremamente conturbada em New Orleans, o escândalo envolvendo o ex-coordenador defensivo Gregg Williams e vários jogadores da defesa, e a suspensão dos mesmos e do técnico Sean Payton criou uma série de dúvidas sobre o efeito disso na temporada do Saints. Duas semanas dentro da temporada, e as dúvidas foram confirmadas, o ataque, em especial Drew Brees sofreram muito sem Payton chamando as jogadas, mesmo marcando muitos pontos, o setor ofensivo não foi dominante como vinha sendo, e Brees foi inconsistente demais. A defesa sem Jonathan Vilma e Will Smith foi simplesmente apática e facilmente dominada nos dois jogos. Vão ter que juntar os cacos, e rápido, pra New Orleans ter algum sucesso esse ano.

Brees quer seu técnico de volta

 

49ers são assustadoramente bons. Muita gente ao redor da NFL se perguntou se a temporada passada em San Francisco foi um acontecimento separado. 2 jogos depois é seguro dizer que não. Os niners simplesmente não erram, Alex Smith quebrou o recorde da franquia de passes sem ser interceptado (Joe Montana e Steve Young  jogaram lá), Smith parece finalmente ser o QB que o time draftou com a primeira escolha do draft em 2005. A defesa é a melhor da NFL, não tem como discutir isso, é um grupo unido, talentoso, que joga duro, pegaram dois dos melhores ataques aéreos da liga e dominaram completamente. É difícil ver alguém parando os 49ers esse ano.

Roger Goodell precisa pagar as zebras. A greve dos árbitros da NFL parece que vai continuar por mais algumas semanas, enquanto os juízes e o comissário Goodell brigam por dinheiro as zebras reservam vão dando cada vez mais sustos nos jogadores, técnicos e fãs do esporte. A semana 1 foi tolerável, alguns erros aqui e acolá, problemas com o tempo de jogo, todos sobreviveram. Na semana 2, no entanto, foi uma sucessão de erros, confusões, técnicos nervosos, jogadores tentando se aproveitar, um pequeno caos nos campos da liga. Os reservas estão fazendo o seu melhor, mas eles não tem total noção das regras, demoram muito nos replays, e atrasam demais as partidas, nunca pensei que fosse dizer isso, mas dá saudade dos juízes oficiais.

Voltem, zebras!

RG3 é o que esperavam dele. A expectativa em cima do calouro Robert Griffin III era enorme quando os Redskins o selecionaram com a segunda escolha no draft desse ano, até agora, ele provou que valeu a pena.  A derrota pros Rams na semana 2 foi na conta da defesa que não parou o ataque de St. Louis e da burrice gigantesca de Josh Morgan, que jogou a bola em um adversário, ganhando com isso uma falta e recuando os ‘skins 15 jardas e impossibilitando o field goal de empate. Nas duas primeiras rodadas o técnico Shanahan soube  adaptar o ataque para aproveitar melhor as características de seu calouro prodígio, e Griffin foi absurdamente preciso em todos os tipos de passes, além de machucar as defesas adversárias com suas corridas. Olho no camisa 10

Não duvide dos Cardinals. Com toda a dúvida pairando quem seria o QB titular dos Cardinals na pré-temporada, esqueceram que esse é um time que venceu 7 das últimas 9 partidas no ano passado, e que possui uma defesa muito consistente e perigosa. Depois da vitória chocante contra os Patriots fora de casa, todos estão prestando um pouco mais de atenção Arizona, e de repente não importa se quem joga é Kolb ou Skelton (embora eu ache que Kolb esteja merecendo ser titular agora) contanto que eles não cometam erros, o time vai sempre ter uma chance de ganhar.

Esperança em Washington

Previsões para a 3ª rodada:

Panthers x Giants: Cam Newton vai ser mais do que a defesa dos gigantes de Nova Iorque aguentam. Vitória dos Panthers.
Cowboys x Buccaneers: Jogando em casa os vaqueiros de recuperam da derrota apática contra Seattle vencendo um bom time dos Bucs. Vitória dos Cowboys.
Colts x Jaguars: Jogo de times medianos, os Colts se aproveitam de jogar em Indianápolis e do bom jogo do calouro Luck. Vitória dos Colts.
Brows x Bills: Duelo dos inconsistentes, Cleveland joga menos mal e consegue primeira vitória do ano. Vitória dos Browns.
Dolphins x Jets: As defesas vão decidir esse jogo, e os Jets tem uma muito melhor, mesmo sem o corner Revis. Vitória dos Jets.
Saints x Chiefs: Piores defesas da NFL até agora, Drew Brees faz a festa pela primeira vez no ano. Vitória dos Saints.
Redskins x Bengals: A defesa de Cincinnati ainda não jogou em 2012, boa notícia pra RG3 e os ‘Skins. Vitória dos Redskins.
Bears x Rams: Depois do pesadelo em Green Bay, Cutler e o ataque dos Ursos devem se recuperar contra os Rams. Vitória dos Bears.
Vikings x 49ers: Os Vikes perderam quando o ataque jogou relativamente bem contra defesas médias, boa sorte contra os 9ers. Vitória dos 49ers.
Titans x Lions: QB novato, RB inoperante, o ataque dos Titans não assusta ninguém, ao contrário da ofensiva dos Leões. Vitória dos Lions.
Chargers x Falcons: Primeiro teste realmente difícil para San Diego, Falcons vem empolgados da vitória no Monday Night. Vitória dos Falcons.
Cardinals x Eagles: Duelo dos invictos, se evitarem os erros o time de Philadelphia deve vencer. Vitória dos Eagles.
Raiders x Steelers: Oakland perdeu dos Dolphins por 22 pontos. Vitória dos Steelers.
Broncos x Texans: Manning tenta se recuperar jogando em casa, defesa do Texans pode ser a melhor da NFL. Vitória dos Texans.
Ravens x Patriots: Revanche da final da AFC da temporada passada, Ravens não tem mais Cundiff ou Evans, o que é bom, mas a defesa de Baltimore não é mais a mesma, provável jogo da rodada, Pats precisam proteger melhor o Sr. Gisele Bündchen. Vitória dos Patriots. 
Seahawks x Packers: Seattle venceu os Cowboys de forma convincente, mas o buraco é mais embaixo contra os Packers. Vitória dos Packers.

E você, quais suas apostas para a semana 3 da NFL? Comente, compartilhe, dê sua opinião sobre o esporte mais popular dos Estados Unidos.